quarta-feira, 16 de junho de 2010

Amigos...

Nunca tive grana, porém, sempre tive amigos. Esse aí é um dos amigos que mais  me orgulha... visita o blogg dele aí galerinha http://pablocasado.blogsome.com/

sábado, 12 de junho de 2010

Especial para o dia dos namorados... Um casal de pombinhos apaixonadas e BURROS!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sem comentários!

Essa aí eu não preciso comentar só olhem e tirem suas próprias conclusões.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Teoria do conhecimento na Idade Média

Aquilo que a verdade descobrir não pode contrariar aos livros sagrados, quer do Antigo quer do Novo Testamento. (Santo Agostinho)

1. A patrística
No período de decadência do Império Romano, quando o cristianismo ,se expande, surge a partir do século II a filosofia dos Pa¬dres da Igreja, conhecida também como patrística. No esforço de converter os pagãos, combater as heresias e justificar a fé, desen¬volvem a apologética, elaborando textos de defesa do cristianismo. Começa aí uma longa aliança entre fé e razão que se estende por toda a Idade Média e em que a razão é considerada auxiliar da fé e a ela subordinada. Daí a ex-pressão agostiniana "Credo ut intelligam", que significa "Creio para que possa entender".
Os Padres recorrem inicialmente à filo¬sofia platônica e realizam uma grande síntese com a doutrina cristã, mediante adaptações consideradas necessárias.
O principal nome da patrística é Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona, cida-de do norte da África. Agostinho retoma a dicotomia platónica referente ao mundo sen¬sível e ao mundo das ideias e substitui esse último pelas ideias divinas. Segundo a teoria da iluminação, o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas: tal como o sol, Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto.
Santo Agostinho viveu no final da Anti-guidade; logo depois Roma cai nas mãos dos bárbaros, tendo início o longo período da Ida¬de Média. Na primeira metade, conhecida como Alta Idade Média, continua sendo enor¬me a influência dos Padres da Igreja, e vários pensadores de saber enciclopédico retomam a cultura antiga, continuando o trabalho de ade¬quação às verdades teológicas.

2. A escolástica
A escolástica é a filosofia cristã que se desenvolve desde o século IX, tem o seu apo¬geu no século XIII e começo do século XIV, quando entra em decadência.
Continua a aliança entre razão e fé, aquela sempre considerada a "serva da teolo¬gia". Com frequência as disputas terminam com o apelo ao princípio da autoridade, que consiste na recomendação de humildade para se consultar os intérpretes autorizados pela Igreja.
No entanto, a partir do século XI, com o renascimento urbano, começam a surgir ameaças de ruptura da unidade da Igreja, e as heresias anunciam o novo tempo de contesta¬ção e debates em que a razão busca sua auto¬nomia. Inúmeras universidades aparecem por toda a Europa e são indicativas do gosto pelo racional, tornando-se focos por excelência de fermentação intelectual.
Durante muito tempo predomina na Ida¬de Média a influência da filosofia de Platão, considerada mais adaptável aos ideais cris-tãos. O pensamento de Aristóteles era visto com desconfiança, ainda mais pelo fato de os árabes terem feito interpretações tidas como perigosas para a fé.
A partir do século XIII, Santo Tomás utiliza as traduções feitas diretamente do gre¬go e faz a síntese mais fecunda da escolástica, e que será conhecida como filosofia aristotélico-tomista. Daí para frente a influência de Aristóteles se fará sentir de maneira forte, so¬bretudo pela ação dos padres dominicanos e mais tarde dos jesuítas, que desde o Renasci¬mento, e por vários séculos, mostraram-se empenhados na formação dos jovens.
Se por um momento a recuperação do aristotelismo constitui um recurso fecundo para Santo Tomás, já no período final da escolástica toma-se um entrave para o desen¬volvimento da ciência. Basta lembrar a crítica de Descartes e a luta de Galileu contra o saber petrificado da escolástica decadente.

A questão dos universais
Aristóteles não será conhecido na Idade Média a não ser a partir do século XIII, quan-do suas obras são traduzidas para o latim.
No entanto, no século VI, Boécio traduzi¬ra a lógica aristotélica, tecendo um comentário a respeito da questão da existência real ou não dos universais. O universal é o conceito, a ideia, a essência comum a todas as coisas (por exemplo, o conceito de homem). Em outras palavras, per¬guntava-se se os gêneros e espécies tinham exis¬tência separada dos objetos sensíveis: as espécies (como o cão) e os gêneros (como os animais)
teriam existência real? Ou seja, seriam realida¬des, ideias ou apenas palavras! Essa questão é retomada nos séculos XI e XII, alimentando lon¬ga polêmica, cujas soluções principais são: o realismo, o conceptualismo e o nominalismo.
Os realistas, como Santo Anselmo e Gui-lherme de Champeaux, consideram que o uni¬versal tem realidade objetiva (são rés, ou seja. "coisa"). E evidente a influência platônica do mundo das ideias. No século XIII, Santo To¬más de Aquino, já conhecendo Aristóteles, é partidário do realismo moderado, segundo o qual os universais só existem formalmente no espírito, mas têm fundamento nas coisas.
Para os nominalistas, como Roscelino. o universal é apenas um conteúdo da nossa mente, expresso em um nome. Ou seja, os uni¬versais são apenas palavras, sem nenhuma realidade específica correspondente. Essa ten¬dência reaparece no século XIV com Guilher¬me de Ockam, franciscano que representa a reação à filosofia de Santo Tomás.
Pedro Abelardo, grande mestre da polêmica, opta pela posição conceptualista, inter¬mediária entre as duas anteriores. Para ele os universais são conceitos, entidades mentais.
Podemos analisar o significado dessas oposições a partir das contradições que esta¬belecem fissuras na compreensão mística do mundo medieval. Sob esse aspecto, os realis¬tas são os partidários da tradição, e como tal valorizam o universal, a autoridade, a verda¬de eterna, representada pela fé. Por outro lado, os nominalistas consideram que o individual é mais real, indicando o deslocamento do cri¬tério da verdade da fé e da autoridade para a razão humana. Naquele momento histórico, essa última posição representa a emergência do racionalismo burguês em oposição às for-ças feudais que deseja superar.


Questionamentos

1- Explique o contexto histórico da Patrística.
2 – Caracterize a obra de Santo Agostinho.
3 – Contextualize a Escolástica.
4 – Comente a obra de Tomás de Aquino.
5 – Explique as questões universais de Tomás de Aquino.

Extraido da obra (exceto as questões)
ARANHA, Maria Lúcia de A. et all Filosofando: Introdução à Filosofia Ed. Moderna. 2º edição