domingo, 22 de março de 2009

Dos Pré-Socráticos até os Sofistas

A filosofia surge na Grécia entre os séculos VI e VII a. C. quando há um rompimento com o pensamento mítico (que ainda coexistira junto com o pensamento filosófico) e o homem, fruto da polis grega, não mais aceita a explicação do mito para a sua realidade.
È da cidade de Mileto (importante ponto comercial) que surgem os primeiros filósofos: Tales (chamado de “pai da filosofia”, Anaximandro e Anaxímenes. Esses três tem em comum além da cidade de origem, mileto, a constante busca pela definição do elemento fundamental das coisas. Tales acha que o elemento fundamental é a água, já Anaximandro acredito que o elemento fundamental é indefinido chamando-o de “apeíron” e Anaxímenes afirma que o elemento fundamental é o ar. Além desses, outros pré-socráticos também merecem destaque como Pitágoras (o mesmo do teorema matemático) que afirma que o número é o elemento básico e Heráclito que afirma que tudo está em movimento (teoria mobilista).
Mais tarde já durante a democracia ateniense durante o século V a. C. há uma mudança no pensamento filosófico. A busca pelo elemento fundamental deixa de ser o foco e agora – graças às transformações do período – o interesse é o homem e sua relações políticas. Por isso, é nesse contexto que surgem os sofista,mestres itinerantes que percorrem as cidades ensinando retórico, razão, a dialogar a contra-argumentação.
A linguagem, o diálogo fazem parte da democracia ateniense (pelo menos para a parcela mínima da sociedade que é considerada cidadã) e representa a possibilidade de entendimento mútuo. As decisões são tomadas em reuniões, em assembléias. É nesse contexto que surge o interesse pela filosofia dos sofistas que ensinavam aos cidadãos dispostos a pagar os elementos fundamentais para serem “fortes” dentro daquela democracia: a capacidade da retórica, da argumentação, etc.
O termo sofista vem de “Sophos” que significa professor de sabedoria. Contudo, adquiriu caráter depreciativo de homem que engana as pessoas. Seus ensinamentos são caracterizados por dois pontos: o Humanismo e o Relativismo (ou seja, não há verdade única).
Seus dois principais nomes são Protágoras e Górgias. Protágoras, foi o primeiro sofista e também o mais importante. Para ele o homem é a medida de todas as coisas pois é o homem quem constrói ou destrói a verdade, ou seja, ela é relativa. Seu pensamento foi bastante criticado pois ele favorece o subjetivismo.
Por sua vez Górgias de Leontinos pregava o Ceticismo Absoluto foi um dos maiores oradores e principais mestres de retórica de seu tempo.
Sócrates
Sócrates é uma referência para a Filosofia – por esse motivo os filósofos que o antecedem são conhecidos como pré-socráticos e os que vem depois dele são chamados de pós-socráticos. Sua concepção filosófica é conhecida como o método de análise conceitual através do qual busca a definição das coisas.
Basicamente, sua atuação era feita em duas partes: A IRONIA (questionamento), pela qual faz questionamentos até que o indivíduo cheque a conclusão de que realmente não sabe de tudo sobre tal tema. E, posteriormente, a Maiêutica (o Parto) onde o indivíduo “nasce” para o pensamento filosófico.
Sócrates assemelhava sua atividade a de seus pais, um escultor e uma parteira, pois fazia nascer um indivíduo capaz de refletir e questionar (ou seja, com atitude filosófica).

Por suas ações acabou mal interpretado e foi morto pelo governo de Atenas.

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